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Treinamentos & Cursos - 14 de outubro de 2024

Boas dicas e informações para cuidado e tratametnos de piscinas particulares e públicas

Cuidados e Tratamentos em Piscinas Residenciais, Condomínios e clubes: Custos-Benefícios.

As piscinas, tanto em residências quanto em condomínios e clubes, requerem uma manutenção contínua e cuidadosa para assegurar a saúde dos usuários e a preservação da qualidade da água. O tratamento adequado de uma piscina envolve a aplicação de técnicas e produtos químicos que garantam a eliminação de patógenos e a manutenção de
parâmetros ideais, como pH, alcalinidade e nível de cloro. Além disso, a eficiência energética, o custo de manutenção e a sustentabilidade ambiental são aspectos que têm sido cada vez mais priorizados. Este artigo tem como objetivo discutir os principais cuidados e tratamentos em piscinas, destacando a relação custo
benefício e apresentando tanto inovações quanto tecnologias que têm se tornado obsoletas.

1. Aspectos fundamentais para o tratamento de piscinas
1.1 Controle do pH e Alcalinidade
O controle do pH é um dos principais parâmetros na manutenção de piscinas. O valor do pH deve ser mantido entre 7,2 e 7,8, garantindo o conforto dos usuários e a eficácia dos produtos químicos. Um pH inadequado pode causar irritações na pele e nos olhos, além de corroer os componentes metálicos e o revestimento da piscina. Já a alcalinidade atua como um estabilizador para o pH, e deve ser mantida entre 80 e 120 ppm (partes por milhão). A correção desses parâmetros envolve o uso de produtos como carbonato de sódio (para aumentar a alcalinidade) e ácido muriático ou bissulfato de sódio (para reduzir o pH).
Custo-benefício: Produtos de controle de pH e alcalinidade são amplamente disponíveis e relativamente acessíveis. No entanto, a manutenção inadequada desses parâmetros pode resultar em problemas mais graves e onerosos, como danos ao equipamento e necessidade de trocas frequentes de água.

1.2 Desinfecção
A desinfecção da água da piscina é essencial para evitar a proliferação de microrganismos patogênicos.
Tradicionalmente, o cloro é o agente desinfetante mais utilizado devido à sua eficácia e custo relativamente baixo. No entanto, ele pode causar odor forte e irritações. O uso de sistemas mais modernos, como geradores de cloro a partir de sal (cloração salina), ozonizadores e ionizadores de cobre e prata, vem ganhando destaque.
Sistemas automatizados monitoram e ajustam os níveis de pH e cloro em tempo real, garantindo uma manutenção mais precisa e reduzindo a intervenção manual.
Cloração tradicional: O cloro em suas formas líquida, granulada ou em pastilhas é eficaz na eliminação de microrganismos. Deve-se manter a concentração de cloro livre entre 1 e 3 ppm. O monitoramento constante é
essencial para evitar flutuações, que podem comprometer a segurança da água.
Cloração salina: Esse sistema utiliza cloreto de sódio para gerar cloro in situ através de um processo de eletrólise. Ele reduz a necessidade de adicionar produtos químicos.
Ozonizadores: O ozônio é um poderoso agente oxidante que pode ser utilizado como complemento à cloração,
reduzindo a quantidade de cloro necessária e oferecendo um tratamento mais ecológico, já que o ozônio não deixa resíduos, além de reduzir a formação de cloraminas, responsáveis pelo cheiro característico de piscina. Contudo, é necessário um sistema complementar, pois o ozônio tem efeito residual limitado.
Ionizadores de cobre e prata: Esses dispositivos liberam íons metálicos na água, que atuam como agentes antimicrobianos. Essa tecnologia reduz significativamente a necessidade de cloro, mas ainda exige um controle
complementar dos níveis de desinfecção.
Algicidas: O uso de algicidas pode prevenir o crescimento de algas, reduzindo a frequência de limpezas profundas e consequentemente, os custos de manutenção
Desinfecção UV: A tecnologia de desinfecção por luz ultravioleta (UV) está ganhando popularidade por sua
capacidade de eliminar patógenos sem a adição de produtos químicos.
Custo-benefício: Embora o cloro tradicional continue sendo a opção mais econômica, tecnologias como a cloração salina, ozonizadores e ionizadores
oferecem benefícios de longo prazo, como menor irritação e manutenção simplificada, justificando um investimento inicial mais alto em sistemas modernos.

2. Filtragem e Limpeza Física
A filtragem da água remove detritos e partículas em suspensão, mantendo a água limpa e cristalina. Os principais tipos de filtros usados são de areia, cartucho e terra diatomácea (TD).
Filtro de areia: É o mais comum em piscinas residenciais e de condomínios. A água passa por um leito de areia que retém impurezas. Sua manutenção envolve retro lavagem periódica para a limpeza do filtro.
Filtro de cartucho: Oferece uma filtração mais precisa que o filtro de areia, mas requer limpeza frequente e substituição dos cartuchos.
Filtro de terra diatomácea: Esse tipo de filtro oferece a maior capacidade de retenção de partículas, mas é o mais caro e exige manutenção cuidadosa.
Além da filtragem, a limpeza física da piscina deve incluir a remoção manual de folhas, insetos e outros detritos
flutuantes, o que pode ser facilitado com o uso de robôs limpa-fundos automáticos. A aspiração regular do fundo da piscina e a escovação das paredes são essenciais para remover sujeiras e prevenir o acúmulo de algas. Já o sistema de filtragem, deve ser
dimensionado corretamente e operado por pelo menos 8 horas diárias para garantir a remoção de partículas suspensas
Custo-benefício: Filtros de areia são uma solução eficiente e de baixo custo para a maioria das piscinas, enquanto os filtros de cartucho e terra diatomácea oferecem maior eficiência, mas a um custo operacional mais elevado. Robôs automáticos têm se tornado mais acessíveis, sendo uma solução prática para quem busca reduzir o tempo de manutenção manual.

3. Sistemas de Aquecimento
A climatização de piscinas é um fator relevante, especialmente em regiões de clima mais frio. Os principais sistemas de aquecimento incluem aquecedores a gás, bombas de calor e painéis solares.
Aquecedores a gás: São eficazes para aquecimento rápido, mas apresentam altos custos operacionais devido ao
consumo de combustível.
Bombas de calor: São mais eficientes em termos energéticos, utilizando o calor do ambiente para aquecer a água. Seu custo inicial é mais alto, mas o retorno econômico ocorre a longo prazo.
Painéis solares: Esses sistemas são os mais sustentáveis, utilizando energia solar para aquecer a água. Contudo, sua dependência das condições climáticas pode ser uma desvantagem.
Custo-benefício: Bombas de calor e painéis solares, apesar do investimento inicial elevado, oferecem um retorno
financeiro e ambiental a longo prazo. Aquecedores a gás, por sua vez, são indicados para situações em que o aquecimento rápido é essencial, embora sejam menos vantajosos economicamente em longo prazo.

4. Novidades e Tecnologias Obsoletas
4.1 Novidades
O mercado de piscinas está em constante evolução e nos últimos anos, a automação de sistemas de tratamento e monitoramento de piscinas tem se tornado cada vez mais popular.
Sistemas automatizados permitem o controle remoto dos parâmetros da água, como pH e cloro, via aplicativos móveis, otimizando o processo de manutenção.
Sistemas de automação: Esses sistemas conectam sensores e dispositivos de tratamento a uma central de controle, que pode ser operada via smartphone. Eles permitem o ajuste
automático de parâmetros como pH e dosagem de cloro, além de programar o aquecimento e a filtragem.
Tratamentos UV-C: Tecnologias de desinfecção baseadas em luz ultravioleta (UV-C) estão em expansão, sendo
utilizadas como complemento para reduzir a dependência de produtos químicos. A luz UV-C é eficaz na inativação de
microrganismos, mas não deixa efeito residual, exigindo o uso complementar de cloro ou outros desinfetantes.
Revestimentos ecológicos: Existem no mercado revestimentos ecológicos que reduzem o uso de produtos químicos e são mais resistentes às algas.

4.2 Filtros antigos sem manutenção
adequada: Filtros de areia ou cartucho que não recebem a devida manutenção tornam-se menos eficientes e acabam gerando custos adicionais de água e produtos químicos para correção da qualidade.

5. Relação Custo-Benefício
Investir em uma boa manutenção da piscina pode parecer caro à primeira vista, mas os benefícios a longo prazo são inúmeros. Uma piscina bem cuidada aumenta o valor do imóvel, proporciona mais conforto e segurança aos usuários e reduz o risco de problemas mais graves e custos elevados no futuro.

Ao escolher os produtos e serviços para a manutenção da piscina, é
importante considerar os seguintes fatores:

Qualidade dos produtos: Produtos de qualidade garantem maior eficácia e
durabilidade.
Profissionalismo do técnico: Um técnico qualificado é capaz de identificar e solucionar problemas de forma rápida e eficiente.

Custo-benefício: Compare os preços e as condições de diferentes fornecedores para encontrar a melhor opção.

Conclusão
A manutenção de piscinas exige atenção a diversos fatores técnicos e a implementação de tecnologias adequadas para garantir uma água limpa e segura para os usuários.

O equilíbrio entre custos e benefícios varia conforme a escolha de sistemas de desinfecção, filtragem e aquecimento, sendo fundamental adotar soluções que combinem eficácia, sustentabilidade e economia. Tecnologias modernas, como automação oferecem boas vantagens significativas.

Observação: Este artigo tem caráter informativo e não substitui a orientação de um profissional
especializado. Sempre consulte a orientações da indústria fabricante do produto antes de aplicá-lo.

 

por Tarso Gouveia

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