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Saúde e Lazer - 17 de fevereiro de 2021

Sol – Seus efeitos sobre a pele

O Brasil é um país com maior extensão territorial em exposição ao sol, com costa marítima por mais de 8500 km. Além dos fatores geográficos,
o brasileiro tem uma relação cultural com a exposição solar e pouca
conscientização sobre os mecanismos de fotoproteção.

A radiação emitida pelo sol que atinge a superfície da terra é composta por:
• Infravermelha;
• Visível;
• Ultravioleta;
o R-UVC (100-280 nm)
o R-UVB (280-315 nm)
o R-UVA (315-400 nm)

UVB – Fortemente absorvido pelo ozônio estratosférico, sintetiza
Vitamina D no organismo e pode causar queimaduras na pele e, a longo prazo, câncer de pele.

UVA – Sofre pouca absorção pelo ozônio estratosférico, causa queimadura a longo prazo além de
fotoenvelhecimento precoce.

Determinar a intensidade do R-UV sobre a superfície terrestre é preciso analisar:
– Latitude – Na linha do Equador há maior incidência de radiação solar;
– Altitude – Quanto maior, menos
espessa a atmosfera sobre a localidade;
– Hora do dia – Quanto mais alto o sol, maiores níveis de R-UV;
– Estação do ano – No verão o sol atinge posições mais elevadas em
relação ao horizonte.

A luz Solar sobre a pele pode ser algo benéfico ou maléfico, podendo causar:

• Eritema (vermelhidão): Acompanhado de edema e ardor local que se ocorrer exposição excessiva pode levar a quadro grave chamado de Insolação
• Pigmentação (bronzeamento):
A longo prazo pode causar Fotoimunos
supressão, Fotocarcinogênese (câncer de pele) e Fotoenvelhecimento.

No caso da fotoeducação, compreende a fotoproteção. Deve-se sempre
proteger contra os efeitos nocivos da radiação solar.
• Efeito positivo: Produção de vitamina D;
• Efeito negativo: Envelhecimento
precoce, Influência no estado imunológico, desenvolvimento de câncer de pele.
45% dos cânceres de pele no mundo poderiam ser evitados pela fotoproteção.

Estar bronzeado é sinônimo de
beleza para a maioria da população, principalmente entre os adolescentes e adultos jovens. É preciso enfatizar as vantagens da exposição solar criteriosa para preservar a saúde e a beleza. Além disto, detalhar as consequências
de excesso de sol com alterações
pigmentares, ressecamento da pele e surgimento de rugas.

Ainda temos a longo prazo o risco do surgimento de Neoplasias (cânceres
de pele). Os primeiros Fotoprotetores surgiram em 1928. O objetivo era na queimadura com eritema e o dano ao DNA. Nos anos 70, iniciou produção em escala comercial. Na década de 80, notou-se a importância de Raios UVA no envelhecimento e seu papel no câncer de pele.

Filtros Solares ou Fotoprotetores podem ser químicos ou físicos. Muitos Fotoprotetores comerciais atuais
utilizam a combinação para ampliar o seu espectro e diminuir os seus efeitos adversos.
As formas farmacêuticas dos
Fotoprotetores são: Óleos, géis,
Emulsões, gel creme, mousses, aerossóis, bastões (sticks), pós e bases. Nas formulações dos Fotoprotetores podemos usar também hidratantes, antioxidantes (AOX) e repelentes de
inseto.

Os protetores solares hoje tem
excelentes cosméticos com maior transparência e espalhamento com melhor estabilidade. O objetivo básico é quantificar a eficácia necessária para a efetiva proteção da pele contra os efeitos deletérios do sol.

Na saúde pública, o benefício principal é a prevenção do câncer de pele.

A sensibilidade da pele à radiação solar segundo o tipo de pele (fototipo), leva em consideração os 7 fototipos, sendo 1 a pele mais clara e 7 a pele negra. Quanto mais clara a pele, mais sensível ao sol e a mais escura menos sensível.

Reações cutâneas:
•Pele clara: Queima com facilidade, sem bronzeamento;
•Pele morena: Queima raramente, bronzeia bastante;
•Pele negra: Nunca queima, totalmente pigmentada.

Para finalizar temos que o sol presente neste país tropical chamado Brasil, com lazer nas praias e piscinas, pode ter benefícios mas não podemos esquecer que pode também causar danos se mau utilizado.

 

Dra. Beatriz Vitalli Cônsolo
CRM 46.843
Dermatologista

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