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Piscinas - Saúde e Lazer - 4 de abril de 2024

Projetos especiais com Eduardo Dantas

11 98900-5309 @eusoueduardodantas Jundiai SP

1- A quanto tempo trabalha com projetos em áreas de lazer aquático? Conte um pouco de sua história.
Resp: Acabado de sair da universidade, trabalhei algum tempo como diretor de uma pequena agência de marketing e publicidade, em Braga, no norte de Portugal.
Nesta empresa, um de meus clientes era proprietário de uma empresa que estava iniciando a importação de
tecnologia que recorria ao aço como estrutura construtiva de piscinas.
Houve várias aproximações desse proprietário e, a determinada altura, fez-me o convite para entrar na
empresa e ajudá-lo a desenvolver o mercado. Aceitei e, em 12 de março de 1994, acabei iniciando a minha
carreira como consultor técnico de piscinas residenciais.
Alguns anos depois, sob a forte influência da escola francesa da piscina, acabei enveredando para o mercado da piscina de grande porte (piscinas comerciais). Foi um desafio fantástico e estimulante. Esse mercado exigia maior conhecimento técnico e também maior desenvoltura na hora de entrar e de permanecer em obra. Mas o desafio foi vencido e, passados 30 anos, sinto que fiz a escolha certa!

2- Quantos projetos já executou e quais os principais, nos conte?
Resp: Posso dizer que realizei centenas de projetos, tanto de piscinas de grande porte, sobretudo clubes e resorts, como piscinas residenciais com forte demanda tecnológica.

Aqui no Brasil, os projetos de referência são, o Transamérica Comandatuba, o Club Athletico Paulistano, o conjunto aquático do Clube Palmeiras, a piscina olímpica do Pacaembu, entre outros de maior ou menor magnitude.

3- Em seus projetos, qual tipo de piscina prefere usar? Vinil, fibra ou alvenaria, e porque?
Resp: Em meus projetos, prefiro usar a membrana de PVC Armado, como revestimento, embora realize muitos projetos em que o revestimento é de cerâmica. Mas dou preferência a este tipo de revestimento (a membrana de PVC Armado), dada a sua versatilidade,
resistência e praticidade.

Se possível, prefiro usar as estruturas em aço, como tecnologia construtiva. Tenho bons exemplos de piscinas de grande porte que usei, aqui no Brasil, aço. Nomeadamente, o Resort Santa Eliza, no interior de São Paulo, e o Club Paulistano, na capital São Paulo.

4- Quais as marcas costuma indicar a seus clientes? E quando surge um produto novo, costuma indicar?
Resp: Como iniciei no mercado europeu de piscinas, predominantemente, indiquei e indico produtos da multinacionais RPI e Fluidra.
A primeira, acabou saindo do Brasil em 2016, então, recorro muito à
Fluidra, pois entrega tecnologia de ponta em piscinas e atende com produtos especificamente desenhados e fabricados para piscinas de grande porte.

5- Conte algum projeto interessante, diferente do que já encontrou?
Resp: Mais do que um projeto diferente, vou apresentar um projeto desafiador!
Em 2020, em plena pandemia, iniciamos a reforma da piscina olímpica do Club Athletico Paulistano. O negócio foi fechado uma semana antes do lockdown que acabamos todos por sofrer!

Para ter uma ideia, o time que era para vir da Espanha, para instalar a estrutura em aço usada para modernizar a piscina, ficou retido na europa e tivemos que, in extremis, reunirque ser nós, aqui no Brasil, a avançar e realizar a instalação, usando apenas um manual – bem resumido. Rsrsrs! Imagine tudo isso, ocorrendo numa época em que o fornecimentoera escasso e a logística de entrega foi, por vezes, fonte de muitas dores de cabeça!

Contudo, o projeto avançou e foi levado a bom porto. Hoje, para ter uma ideia, esse projeto acabou inspirando outros e tem sido como um mostruário para encantar muitos de nossos atuais clientes.

6- Nos explique como funcionam os projetos para parques aquáticos, lagos, e outras áreas?
Resp: Os projetos de grande dimensão, como esses que refere, possuem um tempo de maturação muito longo. Dificilmente um projeto de grande magnitude é iniciado sem um grande período de preparação. Dou sempre como exemplo um projeto que realizamos, mas que comecei acompanhando 7 anos antes!
Antes de tudo, temos a fase da consultoria técnica, sobretudo de como as instalações atenderão ao público-alvo definido pelo desenvolvedor. Há um grande trabalho com a equipe de arquitetura para que o projeto não comece de forma errada e sem as condições técnicas adequadas. Inclusive, são feitas análises preditivas, simulando cenários de crescimento e como, estes cenários, podem impactar no funcionamento e na qualidade de atendimento no curto, médio e longo prazo. Posteriormente, passamos à fase do desenho do projeto, propriamente dito. São elencados os melhores equipamentos de funcionamento, sempre seguimos as normativas vigentes no Brasil, a condução hidráulica e elétrica doprojeto. Nada é descurado! Se existem elementos lúdicos (brinquedos, por exemplo), eles passam também por um profundo estudo para que, no final, tudo funcione harmoniosamente.

7. Suas observações finais

O mercado de piscinas no Brasil tem evoluído muito.

Lembro, quando cheguei, em 2013, que existia um hiato muito grande entre o que se fazia na Europa e o que se fazia no Brasil. Hoje, 11 anos passados, essa diferença tem se atenuado. Fruto de um maior interesse por parte dos vários profissionais que estão chegando ao mercado que se preocupam, cada vez mais, com a segurança e com a eficiência de nosso mercado. O mercado de grandes obras não tem sido excepção. E isso ébom para todos, pois isso significa que estamos nivelando por cima e não, como há algum tempo atrás, por baixo.

Costumo dizer aos meus grupos de mentorados, lá no Club do D’antas que o Brasil, será, não tenho nenhuma dúvida disso! – um grande ator no palco das piscinas a nível global. Sódepende de cada um de nós fazer que isso seja mais ou menos rápido.

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