Home Seções Marketing / Comunicação / Vendas O Impacto das Flutuações Cambiais no Mercado de Insumos para Piscinas

O Impacto das Flutuações Cambiais no Mercado de Insumos para Piscinas

O Impacto das Flutuações Cambiais no Mercado de Insumos para Piscinas

O aumento do dólar impacta diretamente os preços dos insumos para piscinas residenciais e prediais, refletindo-se em diversos aspectos econômicos e operacionais do setor. A valorização da moeda americana eleva o custo de materiais importados, como equipamentos de filtragem, bombas, revestimentos e produtos químicos, que são frequentemente cotados em dólar. Essa situação resulta em um encarecimento significativo dos insumos, afetando o orçamento de construtoras e consumidores finais. Por exemplo, o preço do aço e do alumínio, essenciais para a
construção de estruturas de piscinas, sobe proporcionalmente ao aumento do dólar, impactando diretamente no custo total das obras.

Além disso, a desvalorização do real gera um efeito inflacionário que se estende a outros custos operacionais. O aumento nos preços dos combustíveis, que também são influenciados pela cotação do dólar, encarece o transporte de materiais e insumos, contribuindo para um ciclo de elevação de preços. Assim, as empresas do setor
enfrentam não apenas a alta dos insumos, mas também uma pressão adicional sobre suas margens de lucro.

Quais são os principais insumos importados para piscinas no brasil?

No mercado brasileiro, muitos dos insumos utilizados na construção, operação e manutenção de piscinas são importados ou dependem de componentes estrangeiros. Esses insumos abrangem desde
materiais básicos até equipamentos de alta tecnologia. Abaixo estão os principais insumos
importados para piscinas no Brasil:

Bombas e filtros: Esses
equipamentos essenciais para o funcionamento e manutenção das piscinas são frequentemente
importados, especialmente os modelos de maior eficiência energética e com tecnologias avançadas, como bombas de
velocidade variável e filtros com sistemas de automação.

Sistemas de aquecimento:
Equipamentos de aquecimento, como trocadores de calor, bombas de calor e sistemas solares com alta eficiência, são frequentemente importados devido à maior qualidade e tecnologia das marcas estrangeiras.

Sistemas de iluminação: Luminárias subaquáticas de LED, que oferecem maior durabilidade
e eficiência, costumam ser importadas. Essas tecnologias, muitas vezes, são exclusivas de marcas internacionais.

Revestimentos específicos:
Pastilhas de vidro, azulejos de alta qualidade, pedras naturais tratadas e revestimentos vinílicos para
piscinas costumam ser trazidos de mercados como a Europa e a Ásia, que oferecem materiais
diferenciados em termos de design e durabilidade.
Sistemas automatizados de controle: A automação ganhou espaço no mercado de piscinas, com controladores que permitem gerenciar o funcionamento de bombas, iluminação, aquecimento e sistemas de tratamento da água. Grande parte desses sistemas é importada, especialmente os que oferecem integração com aplicativos e assistentes virtuais.

Cloradores salinos e geradores de ozônio: Esses sistemas de tratamento de água, que são mais sustentáveis e demandam menos produtos químicos, frequentemente vêm de fabricantes internacionais, sendo uma alternativa avançada às soluções tradicionais.

Coberturas automáticas e dispositivos de segurança:
Coberturas retráteis, manuais ou automáticas, bem como barreiras de segurança e alarmes para
piscinas, são frequentemente importados de países que possuem maior regulamentação e especialização em segurança aquática.

Produtos químicos especiais: Embora grande parte dos produtos químicos básicos, como cloro e
algicidas, sejam fabricados no Brasil, alguns produtos específicos, como clarificantes de alta
performance, algicidas de baixa toxicidade e estabilizadores de pH avançados, são importados.

Acessórios diversificados:
Escadas de inox, cascatas, spas acoplados, jatos de hidromassagem e outros acessórios de design
moderno também são frequentemente importados, especialmente os de marcas que oferecem produtos premium.

Materiais e componentes de construção: Alguns tipos de resinas, fibras de vidro e produtos para impermeabilização podem ser importados, dependendo da marca e do projeto.

O Brasil possui produção local de muitos desses itens, mas, no caso de produtos de maior tecnologia, eficiência ou design diferenciado, o mercado ainda depende de insumos estrangeiros. Isso torna o setor especialmente sensível às variações cambiais, já que o aumento do dólar encarece tanto os produtos importados quanto aqueles fabricados no Brasil com componentes externos.

Então quais seriam as estratégias recomendadas aos fabricantes de insumos e profissionais do mercado de piscinas para lidar com a desvalorização do real e mitigar os impactos?

Os profissionais do ramo de piscinas podem adotar diversas estratégias para lidar com a
desvalorização do real e os desafios decorrentes do aumento do dólar. Essas abordagens visam não apenas mitigar os impactos financeiros, mas também garantir a competitividade no mercado. Para contornar os desafios impostos pela alta do dólar, especialistas recomendam uma abordagem integrada que combine diferentes estratégias. A formação de cooperativas de compra entre empresas do setor pode aumentar o poder de negociação junto aos fornecedores.
Uma das principais estratégias é diversificar fornecedores – Ao buscar parcerias com fornecedores locais ou regionais, os fabricantes podem reduzir a dependência de insumos importados, que são mais suscetíveis à flutuação cambial. Essa diversificação permite acesso a materiais e produtos com custos mais estáveis, além de fomentar a economia local.

Outra abordagem importante é a otimização da gestão de estoque – Implementar sistemas de
controle que permitam um acompanhamento mais preciso da demanda e do fluxo de produtos ajuda a evitar excessos e faltas. Isso inclui a análise do histórico de vendas e o planejamento sazonal, permitindo compras mais estratégicas que considerem períodos de alta e baixa demanda.

Os fabricantes também devem investir em inovação e tecnologia – O desenvolvimento de produtos mais eficientes e
sustentáveis pode não apenas reduzir custos operacionais, mas também atrair consumidores que buscam soluções que ofereçam melhor relação custo-benefício. Por exemplo, investir em equipamentos que utilizem menos energia ou que exijam menos produtos químicos pode resultar em economia para o consumidor final.

Além disso, é fundamental fortalecer o relacionamento com os fornecedores – Estabelecer parcerias sólidas pode proporcionar condições melhores de negociação, como prazos mais flexíveis e descontos em compras em maior volume. Isso ajuda a garantir um fluxo constante de insumos essenciais sem comprometer as margens de lucro.
Por fim, a capacitação da equipe – é uma estratégia crucial. Treinar colaboradores para entenderem
as nuances do mercado e como gerenciar melhor os recursos disponíveis pode aumentar a eficiência operacional. Uma equipe bem-informada pode identificar oportunidades de redução de custos e melhorias nos processos internos.

Essas estratégias, quando implementadas de forma integrada, podem ajudar fabricantes de insumos para
piscinas e profissionais da área a enfrentar os desafios impostos pela desvalorização do real e pela alta do dólar, garantindo assim sua sustentabilidade e crescimento no mercado competitivo.

O mercado de piscinas também pode se beneficiar de campanhas educacionais voltadas para o
consumidor. Informar os clientes sobre os benefícios de uma manutenção preventiva e eficiente pode ajudar a reduzir desperdícios e a necessidade de reposição frequente de insumos.
Paralelamente, programas de fidelização e descontos para compras recorrentes podem estimular a demanda, mesmo em períodos de alta nos preços.

Não há uma “fórmula mágica” para contornar tais impactos, mas podemos e devemos estudar e avaliar as condições que melhor se adequem ao nosso segmento, ao nosso nicho.

Tarso Gouveia
tem longa experiência na área da Saúde. É Administrador de Empresas com Pós Graduação em Gestão Empresarial. Superintendente Comercial da INACON Saúde e Diretor da UNIHOSP Saúde. Atua também em Consultorias Empresariais e Organizacionais. Ocupa o cargo de Vice Presidente da S.E. Palmeiras atuando junto aos Consulados em ações esportivas, educacionais e sociais por todo país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Check Also

Conheça um pouco sobre a Alcalinidade da Piscina

Em um bom tratamento da água da piscina, sempre precisamos medir os parâmetros da água par…