Em Busca do Sucesso – por Tarso Gouveia

A busca do sucesso

Tivemos recentemente dois episódios esportivos, as Olimpíadas e as Paralimpíadas, que marcaram época por algumas questões, como a necessidade de algumas alterações de datas devido à pandemia, reformulação de faixas etárias excepcionalmente, para não se prejudicar e eliminar os atletas que teriam a última oportunidade de participação, criação de uma “equipe” que representava os atletas e punia um determinado país por
utilizar-se de métodos competitivos não convencionais em busca da vitória a qualquer custo. Transportando o mundo dos esportes para nossa vida corporativa, podemos traçar alguns pontos comuns:

1º Passo – Definir o que você quer.
Primeiramente, para se tornar um esportista, é necessário querer ser esportista e principalmente, saber que essa decisão custará alguns sacrifícios.
O brilho nos olhos de um atleta em seus treinos, evoluções, estudos, deve ser transposto para a nossa realidade
empresarial. Tem que surgir do nosso âmago aquela vontade de vencer, de empreender. Fazer por fazer, fará com que você seja apenas mais um no mercado e da mesma forma que o atleta, você tem que buscar ser o melhor, aquele que inova, que implementa. Como já mencionei em artigos anteriores, não há uma receita de bolo, uma fórmula mágica, mas podemos analisar, estudar e seguir alguns passos.

2º Passo – Desenvolver um plano
Em Eclesiastes 10:10 “Se o machado perder o corte e não for afiado, será preciso golpear com muito mais força; ter uma atitude sábia assegura o sucesso!”
Nenhum atleta de ponta resolve que amanhã vai começar a treinar forte, a competir e ganhar algo assim de uma hora para outra. Há todo um estudo, planejamento, limites, etapas e muitas variáveis, como veremos adiante.
Você já percebeu que quando você planeja algo antes de executar, seu trabalho é bem mais eficiente? Que a
tarefa tem muito mais chance de ser realizada com sucesso? Ou seja, por mais que você ache que saiba as atividades, que tenha as ferramentas corretas, deve sempre aprimorá-las e “afiá-las”, seja a
interpretação desse texto como um avanço tecnológico ou estudos pessoais. Quanto mais nos preparamos, melhor produzimos.
Aí claro que você vai falar que é muito mais fácil falar do que fazer. Mostrará que suas contas estão chegando, que seu mundo está por vezes desabando e você está precisando ter um retorno rápido.
Então lhe direi que o plano deve ser estudado com muito mais afinco e buscar mais assertividade e principalmente, agilidade. Devemos sempre utilizar o método de fracionar as etapas,
separando o ótimo do bom, observando os “degraus” para que consigamos atingir o objetivo final.
Através desse plano, devemos sempre levar em considerações as atividades e
as consequências de cada ação, o que incorrerá cada ação, cada atitude?

3º Passo – Manter o foco
Qual o foco do atleta? Vencer. Ou na pior das hipóteses, focar para ser um dos três primeiros colocados. Vimos nessas Olimpiadas atletas que na competição anterior ficaram entre os primeiros, mas não ficaram nada contentes, buscaram melhoria, estudaram, aplicaram-se aos treinamentos, abdicaram de família,
passeios e outras situações porque tinham um FOCO. Queriam o pódio, queriam a superação do resultado
anterior.
Como iniciamos a abordagem no tópico anterior, ao desenvolvermos um planejamento, devemos ter em mente
as etapas e a capacidade plausível para realizá-las. Da mesma forma que na área comercial por vezes recebamos metas impossíveis de serem batidas, por melhor que sejamos, devemos elaborar
o planejamento. Mas de nada adiantará termos um planejamento se não tivermos foco. Não que você deva deixar tudo “engessado” e não mudar nada do seu plano custe o que custar. Também não é assim, não sejamos radicais.
Diariamente somos bombardeados por informações, matérias, fórmulas mirabolantes e o velho método “faça
você mesmo” ou então “veja como enriquecer em tantos meses”. Se alguém tivesse a fórmula do ouro, não sairia por aí vendendo.
Fatie, divida seu plano, crie focos e objetivos parciais e siga-os sempre, mas sem levar a ferro e fogo, a cada tempo revise-os e inclusive coloque metas dentro das metas, prazos e objetivos. Além disso, pense sempre no que pode dar errado e qual seria a solução para que não saísse do foco? É um método eficaz de dirimir as potenciais adversidades.

4º Passo – Resiliência (Capacidade de adaptar-se)
Os atletas, indiferente da modalidade, enfrentam vários percalços, contusões, climas adversos, calendários e muitas outras variantes, como está na moda dizer hoje.
Com a definição do seu objetivo, desenvolvimento do planejamento, perseguição ao foco, temos que nos
preparar para nos adequarmos às intempéries do mundo empresarial.
Por mais que cumpramos esses passos, podemos a todo momento ser surpreendidos por uma mudança de
legislação, uma alteração econômica, uma situação climática grave como enchente, incêndios, furacões, a própria pandemia está aí para nos mostrar o quanto tivemos que ser resilientes para conseguirmos
superar as dificuldades.
Por pior que seja a situação, devemos ser capazes de manter a calma diante das adversidades. Por meio do
autocontrole e do próprio otimismo, devemos encarar a situação com tranquilidade e
enxergar as situações com mais equilíbrio e tirar lição da situação.

5º Passo – Acostume-se a enfrentar dificuldades
Os atletas, principalmente os competidores de ponta, tem em seu interior essa prática que nada mais
é do que um passo a mais do que a resiliência, ou seja vários “tombos” e percalços na história e aprendem a cada dia, passam a ser acostumados com isso, e o melhor, aquele que não desiste, que persiste, chega ao topo…
Você quer ser o melhor? Quer fazer a diferença em seu ramo, em seu nicho? Já lhe adianto e quero que você saiba que vai encontrar várias resistências, vários riscos.
Todos vencedores tem histórias de fracassos, de insucessos e isso não lhes tirou o foco, o objetivo de chegar ao topo. Apenas pararam, estudaram, acertaram o “prumo” e continuaram a jornada.
Devemos sempre estudar e observar o ambiente para que possamos separar o que seriam as ameaças naturais ao empreendimento das falhas estruturais e má gestão.
Um conselho para terminar esse artigo,  é que na busca por ser o melhor, o mais inovador, espelhe-se num modelo e tente sempre superá-lo. Ao conquistar esse objetivo, procure outro e se não houver mais um foco superior, mantenha a meta de inovar, de se aprimorar e sempre ser destaque, para manter-se no topo.
Mais difícil do que atingir a liderança, é manter-se. Sucesso!

Tarso Gouveia tem longa experiência na área da Saúde – Administrador de Empresas, com Pós Graduação em Gestão Empresarial e atualmente é Superintendente Comercial do
INACON Saúde, além de prestar
Consultorias empresariais e
organizacionais.